Opinião

Aconteceu no final do mês de outubro de 1979. Pela primeira vez – e, até hoje, a única no nosso país – as trabalhadores domésticas juntavam-se no Pavilhão dos Desportos de Lisboa para realizar o seu primeiro congresso nacional, sob o lema “Dizemos não à servidão”. Nos meses anteriores, o Sindicato do Serviço Doméstico multiplicara reuniões preparatórias e, em junho desse ano, lançara um Inquérito à Opinião Pública, que pretendia formar as delegadas sindicais no contacto com a população, pô-las a socializar, a comunicar na rua, a fazer entrevistas e a distribuir material, a chamar a atenção da sociedade para o Congresso.

O melhor que se pode desejar é que a lucidez não faça escalar a guerra para o fim de linha químico ou nuclear. Um estatuto de neutralidade com garantias para a Ucrânia parece ser a única solução imediata.

 

A guerra que a Rússia provocou na Ucrânia tem certamente um contexto, mas bombardear um país como está a ser feito é absolutamente imperdoável e não tem qualquer justificação legítima nem qualquer fator atenuante, por mais pretextos que se invoquem.

São cerca de 63 mil as pessoas  que trabalham em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). A maioria trabalha no apoio à infância,  à juventude, à deficiência e à terceira idade. Por Joaquim Espírito Santo e Pedro Faria.

A decisão é histórica. O Supremo Tribunal de Justiça condenou um homem ao pagamento de 60.782 euros à ex-companheira pelo trabalho doméstico desenvolvido por ela ao longo de quase 30 anos de união de facto. Artigo de José Soeiro.

Resoluções Mesa Nacional

Notícias

Em Junho deste ano, durante a visita de Luís Montenegro à Póvoa de Varzim para as celebrações da elevação desta a cidade, o Primeiro Ministro prometeu que “não deixará de tomar uma decisão efetiva” quanto à ampliação do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC). Foi, portanto, com a maior surpresa que se notou, aquando da divulgação do Orçamento de Estado para 2025, que não existia qualquer verba alocada para as obras de requalificação e ampliação do Hospital — a decisão estava portanto tomada.

Passaram desde as promessas do Primeiro Ministro 5 meses, sem que qualquer avanço no seu cumprimento se verificasse. Durante a audição da Ministra da Saúde sobre as propostas do Orçamento de Estado para 2025, a deputada Marisa Matias questionou a intenção de levar a cabo obras que permitissem as devidas condições aos munícipes da Póvoa de Varzim e Vila do Conde — tendo ficado sem resposta.

 

Ao abrigo do direito de consulta prévia previsto no Estatuto do Direito de Oposição, o Bloco de Esquerda apresentou as suas propostas para o Plano de Atividades e Orçamento da União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai para o ano de 2025:

Sendo a elaboração de um Plano de Atividades e Orçamento para Freguesia ou União de Freguesias fundamental na orientação política e estratégica das mesmas, o Bloco de Esquerda defende que a sua discussão e preparação deveria ser precedida de uma auscultação à população e coletividades, através de sessões abertas, de modo a tornar este um processo mais abrangente, participado e, portanto, democrático.

Não tendo sido esse, novamente, o entendimento do Executivo da União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai — o que lamentamos — o Bloco apresenta para as áreas do Combate à Pobreza, Espaço Público, Bem-Estar Animal, Cidadania e Transparência, Educação e Alterações Climáticas um conjunto de mais de 40 propostas que considera deverem integrar as atividades e orçamento de 2025 (várias já apresentadas em anos anteriores, mas não acolhidas).

Pensar as políticas sociais de um território implica assumir o papel central que as autarquias têm no combate às discriminações e na garantia de direitos para todas e para todos, de forma integrada, interseccional e convocando todos os titulares de interesses reconhecidos: e o Bloco continua na defesa de uma União de Freguesias mais equitativa e justa para todas e todos.

Notícias

O Bloco de Esquerda questionou, hoje, o executivo municipal, através do nosso deputado municipal, sobre a deposição ilegal de resíduos junto ao parque desportivo de Terroso. 

Chegaram ao Bloco de Esquerda várias denúncias da deposição ilegal de vários tipos de resíduos junto ao parque desportivo de Terroso, no caminho que liga a rua do Parque Desportivo e a rua do Oliveira, na União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, concelho da Póvoa de Varzim.

As denúncias que nos chegaram indicam a existência de vários os tipos de resíduos que são depositados no caminho em causa, nomeadamente sofás, pneus, entulho de obras, louças, esponjas, placas, restos de madeiras, cadeiras, caixas de cartão, tubos e um plástico de cor negra em pleno caminho. 

A deposição ilegal de resíduos naquele local não é novidade, sendo recorrente observar entulho depositado nesta zona florestal. 

Lembramos que, a maioria destes materiais depositados ilegalmente são extremamente inflamáveis e encontra-se numa zona florestal muito perto de habitações. 

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O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre o atraso nas obras da Igreja de São Pedro de Rates. 

A Igreja de São Pedro de Rates, em São Pedro de Rates, no concelho da Póvoa de Varzim, está classificada como Monumento Nacional pelo Decreto nº 136 de 23 de junho de 1910, continua em avançado estado de degradação.

É um templo românico, foi mandada construir pelo Conde D. Henrique, entre os anos 1096 e 1100, no séc. XI, com alterações reconstrutivas nos séculos XIII, XV, XVII e XVIII e serviu como igreja do primeiro mosteiro da ordem de Cluny em Portugal.

Segundo a Direção-Geral do Património Cultural " a sua importância na história monacal nacional, as relações que então estabeleceu com os poderes dirigentes e a relevância das formas arquitetónicas e escultóricas aqui empregues fazem deste monumento um verdadeiro caso de estudo, cujas conclusões ultrapassam, em muito, o mero conteúdo monográfico e refletem-se em toda a produção românica do nascente reino de Portugal”.

Diariamente a igreja é visitada por centenas de peregrinos do caminho português de Santiago e todos os anos é palco de várias atividades culturais, exemplos dessas atividades culturais são o ciclo de música sacra e do festival internacional de música.

O monumento está em avançado estado de degradação, e recentemente, com as primeiras chuvas de outono, a água da chuva caí em vários pontos da igreja, os vitrais estão partidos o que permite a entrada de vento, as infiltrações são imensas, que obriga a que todo o sistema elétrico seja desligado em dias de chuva devido ao perigo de curto circuito, o telhado tem problemas estruturais e o pórtico principal está muito degradado.

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O Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim em cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 5.º do Estatuto do Direito de Oposição (Lei n.º 24/98, de 26 de maio), enviou ao executivo municipal, as  propostas para as opções do Plano e Orçamento do Município da Póvoa de Varzim para o ano de 2025

As Grandes Opções do Plano (GOP) e o Orçamento Municipal são os principais instrumentos na orientação política da Câmara Municipal. O Bloco de Esquerda considera que estes documentos devem zelar por um município solidário, justo, igualitário, coeso, com visão ecológica e dinamismo cultural, que instigue a participação cívica e promova o bem-estar animal.

O Bloco de Esquerda, através do estatuto do direito de oposição e da sua representação na Assembleia Municipal, tem vindo a apresentar diversas propostas com vista à melhoria da qualidade de vida dos poveiros e poveiras. Respeitando este seu direito e dever, o partido volta, este ano, a apresentar um conjunto de ideias que considera que devem integrar as GOP e Orçamento Municipal de 2025, incluindo várias já apresentadas em anos anteriores e não acolhidas.

Não podemos deixar de assinalar, mais uma vez, que a discussão e elaboração destes documentos deveria ser um processo amplamente participado, não só pelos partidos políticos, mas por toda a população, coletividades e associações, em sessões abertas a todas as freguesias do concelho.

Consideramos, ainda, que a definição das taxas e impostos deveria ter lugar na última Assembleia Municipal, antecedendo a discussão das GOP e do Orçamento. Não foi, novamente, este o entendimento do executivo municipal.

As propostas que apresentamos, em forma de contributo para as GOP e Orçamento de 2025, confirmam a asseveração objetiva de resposta a problemas que consideramos de mais premente resolução, inserem-se nos princípios básicos que sempre defendemos para o concelho e têm como objetivo alargar o modo de funcionamento da democracia local, tornando-a mais participada por todas as pessoas.

Esta é a nossa contribuição, que esperamos ver atendida, para que as grandes opções do plano e Orçamento Municipal para 2024 possa responder a recorrentes aspirações, melhorar condições e qualidade de vida das pessoas e projetar um desenvolvimento sustentável do concelho assente em premissas realistas e eficientes.

Apresentamos 66 propostas, divididas em 10 eixos fundamentais, para a prosperidade do nosso concelho. Os 10 eixos são a habitação, mobilidade, o combate à crise social, melhoria do espaço público, a educação, participação, cultura e associativismo, bem-estar animal, saúde metal e desporto. 

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“O Governo não deixará de tomar uma decisão efetiva” quanto à ampliação do Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC), à construção de um nó na A7 (bem como o assoreamento da barra do Porto de Pesca e à concessão da Zona de Jogo): estas foram palavras ditas por Luís Montenegro a 16 de junho, dia em que participou nas comemorações de elevação da Póvoa de Varzim a cidade.

Ao não ver contemplada qualquer verba no Orçamento de Estado para 2025 para nenhuma das quatro reivindicações da Póvoa de Varzim, o Bloco de Esquerda assume que a decisão do Governo já foi tomada: e a resposta é não para todas. 

 

Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde (CHPV/VC)

As populações da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde aguardam a ampliação do CHPV/VC há oito anos, uma espera demasiado longa e cara, já que durante este período perdeu-se a oportunidade de aceder a 2,3 milhões de euros de fundos comunitários.

É com consternação que o Bloco de Esquerda constata que o Governo não irá assegurar cuidados de saúde robustos e de proximidade para as 150 mil pessoas dos dois concelhos. No Orçamento para 2025, para a Unidade Local de Saúde Póvoa de Varzim/Vila do Conde, que engloba as Unidades Hospitalares dos dois concelhos e 14 Unidades de Saúde Familiar (USF), está previsto um investimento de cerca de 4 milhões de euros. Este número refere-se apenas à conservação e reparação dos 16 edifícios, aquisição de equipamento e software.

O SNS tem uma importante missão de redução das desigualdades territoriais e dotar as infraestruturas de condições dignas, quer para utentes, quer para profissionais de saúde, é garante de maior equidade entre todas as regiões do país. 

O Bloco de Esquerda reivindica a ampliação do CHPV/VC, um projeto prometido às populações da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e que lhes irá facultar condições de tratamento de saúde proporcionais à qualidade dos profissionais que trabalham nesse espaço. 

Estando os dois municípios de acordo quanto ao projeto e tendo ambos alocado verbas para o executar, existindo um terreno disponibilizado pelo município da Póvoa de Varzim e tendo, inclusivamente, existido fundos comunitários disponíveis, o Bloco de Esquerda entende que a “não decisão” de Luís Montenegro é sinónimo de desdém por uma saúde para todos e universal. 

 

Hoje assinala-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza — em 2024, sob a temática «Acabar com os maus-tratos sociais e institucionais. Atuar em conjunto para sociedades justas, pacíficas e inclusivas».

 

A luta contra a pobreza é plural, e passa pela consciencialização para as violências mais invisíveis sofridas pelas pessoas que vivem em pobreza, nomeadamente para fomentar o debate em torno de ação conjunta concreta para as ajudar. Assim, e notando que a crise na habitação ameaça diariamente a dignidade de demasiadas pessoas na negação do seu direito a um lugar a que chamar casa, o Bloco de Esquerda continua a interceder a seu favor.

 

Notando que a Póvoa de Varzim não é exceção às problemáticas que afetam inúmeras famílias no acesso a uma casa (e estando conscientes das centenas de situações de habitação indigna no município), o Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim questionou, hoje,  um conjunto de questões sobre a Estratégia Local de Habitação, do Projeto Póvoa de Varzim Promove Inclusão, Habitação Social Municipal, apoios às rendas, outras ferramentas de reposta social à crise na habitação e a inação perante a situação das pessoas em situação de sem-abrigo.

 

A par destas preocupações, o Bloco pretende a criação de um Plano Municipal Integrado de Combate à Pobreza.

 

Neste dia, como todos os dias, zelamos por uma sociedade mais justa, pacífica e inclusiva, em que cada pessoa vê consagrada a sua oportunidade de viver com dignidade.

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A iluminação pública desempenha um papel fundamental na qualidade de vida dos munícipes — funciona como um instrumento de cidadania e humanização dos espaços, tornando-os mais seguros e, assim, permitindo que a população usufrua da cidade na ausência de luz natural.

 

Por isso, em locais de movimento pedonal e ciclável, a iluminação pública ganha um carácter vital, ao garantir uma efetiva visibilidade do trajeto, das condições do pavimento e dos obstáculos com que peões e ciclistas se deparam. A sua escassez ou, em muitos casos, total inexistência, representa um fator de insegurança para a comunidade.

 

De acordo com o Plano Diretor de Iluminação Pública da Póvoa de Varzim, aprovado em setembro de 2022, a iluminação correta e adequada permite “minimizar o possível risco de assaltos, bem como o risco de conflitos ao longo da via e das intersecções”. Citando o documento, disponível para consulta no sítio da Câmara Municipal (página 75), “é nestas intersecções que os ciclistas estão expostos a maiores riscos de acidentes, pelo que é importante que a infraestrutura disponha de uma iluminação adequada, principalmente se apresentar uma elevada utilização noturna”.

 

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O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre os sucessivos problemas ambientais existentes no aterro de Paradela, no concelho de Barcelos, que causaram náuseas e vómitos a crianças. 

 

O aterro do Baixo Cávado e Vale do Lima situado na freguesia de Paradela, no concelho de Barcelos, no distrito de Braga foi inaugurado no início do corrente ano, com um custo aproximado de 30 milhões de euros foi construído numa área próxima à antiga lixeira de Laúndos, com uma extensão de terreno de cerca de 12 hectares. Os inícios dos trabalhos de construção do aterro tiveram início em setembro de 2017. O equipamento pertencente à RESULIMA tem uma capacidade de receção de 800 mil metros cúbicos de resíduos.

O aterro encontra-se situado, na freguesia de Paradela, no limite geográfico do concelho de Barcelos e contíguo às freguesias de São Pedro de Rates e Laúndos, no concelho da Póvoa de Varzim.

A RESULIMA sociedade que tem como acionistas as câmaras de Arcos de Valdevez, Barcelos, Esposende, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo (detêm 49% do capital) e a Empresa Geral do Fomento (51%).

Desde a sua inauguração, o aterro do Baixo Cávado e Vale do Lima tem provocado inúmeras queixas dos moradores das freguesias circundantes devido aos fortes odores. Já decorreram inúmeros protestos e ações em tribunal por parte da população e autarcas. Em julho do corrente ano, na Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim, foi aprovada o envio de uma carta a ser enviada ao Governo e à Comissão Europeia a exigir a “imediata revogação da licença de exploração da unidade, até que o problema ambiental seja cabalmente resolvido”, para que seja “reposta a lei da obrigatoriedade das Comissões de Acompanhamento Local dos Aterros” e para que “seja autorizado e exigido à Resulima todos os investimentos necessários para a eliminação dos odores”.

Os autarcas das freguesias de Laúndos, Estela e São Pedro de Rates alertam que os resíduos depositados nos alvéolos não param de crescer, lixo depositados sem qualquer tratamento e que a RESULIMA já está em conversações com os proprietários com terrenos junto ao aterro com vista o alargamento do aterro.

Chegou ao conhecimento do nosso Grupo Parlamentar de uma carta assinada pelos autarcas de Laúndos, São Pedro de Rates, Estela, Aver-o-Mar/Amorim e Terroso, Aguçadoura e Navais do concelho da Póvoa de Varzim e de Cristelo e Barqueiros, do concelho de Barcelos, que no “primeiro dia de aulas, o odor foi sentido intensamente no período da manhã, com reclamações dos pais relatando vómitos dos educandos a caminho da escola, com a necessidade de voltarem para trás para trocarem de roupa” e “desde o primeiro dia de aulas o fedor não pára”.

 

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Hoje, celebra-se o Dia Mundial do Animal, e o Bloco de Esquerda vem lembrar que ainda não foram implementadas políticas de bem-estar animal que garantam mudanças significativas na Póvoa de Varzim.

Em 2023, segundo o Relatório Anual do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a Póvoa de Varzim foi o município do distrito do Porto que menos esterilizações realizou em cães e gatos. As esterilizações feitas pela Póvoa de Varzim constituem apenas 0,8% do distrito do Porto. (ver mapa em anexo).

Como pode a Câmara Municipal justificar este número quando se sabe que sem uma política de esterilizações abrangente a população de animais errantes cresce descontroladamente dia após dia? Este Executivo escolheu não evitar o nascimento de mais animais condenados a uma vida de abandono e sofrimento, bem como desresponsabilizar-se pela saúde pública, nomeadamente ao não reduzir focos de insalubridade e proliferação de pragas.

O Bloco de Esquerda questionou, recentemente, o executivo municipal sobre o número de esterilizações a gatos efetuadas em 2023 e sobre o número de colónias de gatos existentes na Póvoa de Varzim. 71 animais foram esterilizados. Quanto às colónias, silêncio. Será possível que o executivo municipal não saiba quantas colónias existem no concelho? Será porque as colónias estão a cargo de munícipes voluntariosos que tiram do seu tempo e dos seus recursos financeiros para tratar e alimentar estes animais, muitas vezes sob ameaças e maus-tratos?

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Na Assembleia de Freguesia da União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, o Bloco de Esquerda apresentou, um voto de saudação aos bombeiros e uma recomendação sobre o ecomóvel na cidade da Póvoa de Varzim. 

A saudação aos bombeiros portugueses, aprovada por unanimidade, manifesta aos bombeiros o voto de reconhecimento e de gratidão e o mais profundo pesar pelos bombeiros vítimas das tragédias e solicita aos elementos da assembleia de freguesia enviar aos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim o valor da senha de presença, como demonstração de solidariedade. 

Em relação à recomendação do ecomóvel, local que tem a finalidade de recolher resíduos domésticos considerados perigosos e outros valorizáveis com a colocação deste equipamento móvel de proximidade, através da constatação/verificação/consulta de cronogramas de forma a identificar os locais onde se poderá encontrar o ecoponto móvel e quando está acessível na sua freguesia para o cidadão poder depositar/entregar materiais como latas, lâmpadas, equipamentos elétricos eletrónicos (REEE), CD’s, DvD’s, pilhas e pequenos acumuladores, tinteiros e tonners, bem como rolhas de cortiça. A dinâmica do projeto, consiste na permanência, durante um determinado período de tempo, do equipamento nas diferentes freguesias da concelho da Póvoa de Varzim, possibilitando dessa forma abranger o máximo de população servida por este equipamento, assim como, recolher o máximo de resíduos urbanos recicláveis. 

Autarquias

Na última assembleia municipal da Póvoa de Varzim, realizada na passada quinta-feira, dia 26 de setembro, o Bloco de Esquerda apresentou uma moção com o título " Só os municípios devem fixar as tarifas da água, saneamento e resíduos", esta é uma moção de repudio por a ERSAR fixar os preços das tarifas. 

A moção, em anexo, foi aprovada por maioria, com abstenção dos partidos da direita, CH, CDS-PP e IL. A moção também apela à introdução da tarifa social da água, medida que permitiria baixar o preço da água a 6500 famílias da Póvoa de Varzim. 

No passado mês de agosto foi aprovado pelo governo, um decreto-lei, que a partir de 2026 as tarifas (preços) do abastecimento de água e saneamento passem a ser fixadas pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR). Isto significa retirar aos municípios o poder atribuído em 2021, através da Lei do Orçamento do Estado, a competência para definir os preços da água, saneamento e da recolha e tratamento de resíduos.

No dia seguinte à aprovação no conselho de ministros, o governo solicitou um parecer à Associação Nacional de Municípios Português (ANMP), apenas para cumprir uma formalidade. A Associação Nacional de Municípios Portugueses, já manifestou a sua discordância pela decisão governamental que põe em causa a autonomia do poder local. E declararam que devem ser os municípios a fixar as tarifas dos serviços que são prestados no seu território, ajustando-as à sua realidade económica e social, numa lógica de serviço público e não numa perspetiva apenas económico-financeira.

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O Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim questionou o executivo municipal sobre o programa CED (Captura-Esterilização-Devolução).

Têm chegado à nossa estrutura partidária imensas denúncias sobre as colónias de gatos no concelho da Póvoa de Varzim. As situações relatadas também nas redes sociais denunciam o envenenamento, atropelamento e falta de apoio à esterilização dos gatos por parte do município da Póvoa de Varzim.

A senciência animal foi reconhecida pelo artigo 13.º do Tratado sobre o funcionamento da União Europeia e em Portugal os animais já não são considerados “coisas” através do artigo 201.º - B, do Código Civil que refere que os “seres vivos dotados de sensibilidade e objeto de proteção jurídica em virtude da sua natureza”.

A entrada em vigor da Lei n.º 69/2014, de 29 de agosto, que passou a criminalizar os maus tratos a animais de companhia; da Lei n.º 27/2016, de 23 de agosto e da Portaria n.º 146/2017, de 26 de abril, gera para os municípios uma maior responsabilidade na gestão da problemática, em especial na salvaguarda do bem-estar animal e no combate ao seu abandono.

É na Portaria n.º 146/2017, de 26 de abril, que se encontra o programa CED (Captura-Esterilização-Devolução), através do seu artigo 9.º que tem o objetivo de controlar e reduzir o número de gatos errantes assilvestrados, cuidar das colónias de felinos, cuidar do bem-estar animal, reduzir focos de insalubridade e evitar a proliferação de pragas.

O poder local tem uma grande responsabilidade na garantia do bem-estar animal, como a competência relativa ao bem-estar dos animais de companhia, errantes e assilvestrados, é dos municípios, principalmente na perspetiva da garantia da saúde pública.

A autarquia da Póvoa de Varzim considera que “o bem-estar animal constitui um compromisso assumido no seu Plano Estratégico 2020-2030, enquadrado no eixo prioritário da Sustentabilidade Ambiental. Uma das propostas do plano é a criação do plano municipal de bem-estar animal.

 

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O Bloco de Esquerda tomou conhecimento da deposição ilegal de vários tipos de resíduos junto da zona industrial de Amorim, na rua do rio novo, na União de Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, concelho da Póvoa de Varzim.

As denúncias indicam a existência de vários os tipos de resíduos que são depositados na rua da zona industrial de Amorim, nomeadamente placas de amianto e outros materiais tóxicos, entulho de obras, louças, móveis, placas, restos de madeiras e plásticos.

A deposição ilegal de resíduos naqueles locais não é novidade, sendo recorrente observar entulho junto a um terreno desocupado e a autoestrada número 28 (A28).

Assembleia Municipal

A Assembleia Municipal da Póvoa de Varzim realizada, ontem, dia 4 de julho, no salão nobre dos Paços do Concelho, aprovou uma moção apresentada pelo eleito do Bloco de Esquerda, Marco Mendonça, para que o executivo municipal desenvolva os procedimentos para a elaboração do Plano Municipal de Integração de Migrantes.

A inclusão de populações migrantes constitui nos nossos dias um dos mais importantes desafios da sociedade. Portugal é um país envelhecido e com um saldo natural negativo. Há vários anos que o número de óbitos supera o número de nascimentos (em 2022: 124.311 óbitos para 83.671 nascimentos), ou seja, há vários anos que estaríamos a perder população, nomeadamente população em idade ativa, se não fosse o fluxo migratório.

Os imigrantes são também um contribuinte líquido para o nosso sistema de solidariedade social. Em 2022 contribuíram com €1861 milhões para a Segurança Social, tendo beneficiado apenas de €257 milhões em apoios, ou seja, um contributo líquido de mais de €1.600 milhões de euros. Na prática estão a contribuir para a sustentabilidade do sistema e a garantir que os pensionistas continuam a receber as suas reformas e que as pessoas que necessitam de apoios sociais podem continuar a tê-los.

A 16 de Junho de 2014, foi inaugurado o Cine-Teatro Garrett, após longas obras de reabilitação — nesta altura, com toda a pompa e circunstância, este edifício renovado foi apresentado como um espaço que era mais do que uma sala de espectáculos: um pólo cultural e ponto de encontro no centro da cidade.

Apesar da grandiosa inauguração com direito a tapete vermelho, decorre uma década e as promessas ficam por cumprir: ainda que dotado de imenso potencial e posicionamento estratégico, o cine-teatro carece de uma programação diversificada, regular e de qualidade.

Como tal — e sem colocar objeções à celebração de momentos relevantes para a Póvoa de Varzim — o Bloco de Esquerda denuncia em absoluto esta política vazia de grandes eventos para publicitar equipamentos para os quais não há meios nem estratégias. 

A oferta com que as pessoas da Póvoa se encontram é maioritariamente responsabilidade das associações locais: seja cinema, teatro ou dança — e reconhecendo o peso e a relevância do movimento associativo para a dinamização da cultura, urge apelar a uma oferta mais plural e inclusiva, que contemple géneros e estilos para todos os públicos.

Notícias

Empenhado na construção de um concelho mais inclusivo, empático e sem estigmas, o Bloco de Esquerda (BE) organizou a conversa “Orgulho contra Preconceito”. Os residentes da Póvoa de Varzim tiveram a oportunidade de ouvir testemunhos de pessoas LGBTQIA+ e ativistas e colocar questões relacionadas com identidade de género e orientação sexual. O evento reuniu Ana Brito Jorge, da Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual e Identidade de Género (AMPLOS), Allan Barbosa, da Queer Tropical, Ezra Ribeiro Santos, do coletivo A Traça, e Duarte Santos, da Marcha do Orgulho do Porto (MOP), com moderação de Luís Miguel Sandão e Filipa Alexandre, do BE.

Ana Brito Jorge reforçou a importância de pais e mães de pessoas LGBTQIA+ se unirem e constituírem uma força cívica na luta pela desconstrução de estereótipos e por uma sociedade igualitária, não somente na lei, mas nas ruas, nos locais públicos, no acesso à habitação, ao trabalho e à saúde.

Allan Barbosa sublinhou que pessoas imigrantes e LGBTQIA+ estão no centro dos ataques dos partidos e movimentos da extrema-direita difundindo a “ideia falsa da defesa da família e das crianças com fins puramente eleitorais”. Por outro lado, para o ativista brasileiro, o Bloco de Esquerda tem sido um agente político de destaque na Assembleia da República desde o seu surgimento, há 25 anos, reforçando a luta por direitos iguais em Portugal.

Ezra Ribeiro Santos e Duarte Santos abordaram as estratégias de marketing que várias marcas de cosméticos, higiene pessoal ou roupa apresentam em junho, o mês do Orgulho LGBTQIA+, apresentando-se como aliadas da comunidade. No entanto, para os ativistas, o que realmente importa são as políticas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho dessas empresas e não as campanhas publicitárias que levam a cabo durante um mês procurando, acima de tudo, benefícios económicos atraindo clientes LGBTQIA+ exibindo produtos com a bandeira da causa.

Todos os participantes relembraram que, todos os anos, as diferentes vozes dentro da comunidade têm o direito de serem ouvidas e que a diversidade deve ser comemorada. Por isso, as Marchas do Orgulho continuam a ser fundamentais. Muito mais do que eventos festivos, as Marchas do Orgulho visibilizam, celebram, fortalecem a comunidade e homenageiam quem lutou pela igualdade de direitos. A do Porto é já no sábado e apelamos à participação. 

Iniciativas dos Deputados

O Bloco de Esquerda, através do seu grupo parlamentar, questionou o Ministério do Ambiente e da Energia sobre o arrebentamento de sacos de proteção da duna primária, que espalha resíduos pela praia da Estela na Póvoa de Varzim. 

Ao longo dos últimos anos foram inúmeras as vezes que o Bloco alertou para a situação de deterioração dos sacos que "protegiam" a duna primária na praia, pouco foi feito e parte desses sacos estão agora enterrados em plena praia.

Em abril de 2021, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o ministro do Ambiente sobre o rebentamento de um número considerável de sacos de areia que se encontravam colocados na duna primária 
da praia da Estela, Póvoa de Varzim, no distrito do Porto, para suster e proteger aquela estrutura do avanço do mar. Sobre a duna, encontra-se o campo de golfe do Golf Club Estela.

O rebentamento dos sacos de areia espalhou plásticos, pregos enferrujados e outros resíduos pelo areal. Além 
dos fortes impactes visuais, a proliferação dos resíduos acarreta sérios riscos para o ambiente, para a biodiversidade costeira e para as pessoas que usufruem da praia da Estela.

A 17 de maio celebra-se o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia. Há exatamente 34 anos (em 1990), a Organização Mundial de Saúde (OMS) removia a homossexualidade da sua lista de doenças mentais e a data, anualmente, lembra que as pessoas LGBTI+ ainda são alvo de discriminação em diferentes setores, o que constitui, sem sombra de dúvidas, uma violação dos direitos humanos.

O Bloco de Esquerda (BE) propõe, neste Dia Internacional e Nacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, que a Póvoa de Varzim crie e implemente um Plano Municipal LGBTI+.

A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim preparou um Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação que se pretendia que fosse implementado entre 2022 e 2025. O BE frisa que, neste documento, não foram incluídas medidas concretas para identificar as necessidades da comunidade LGBTI+, nomeadamente no que à empregabilidade, à saúde, ao desporto, ao acesso à habitação, ao próprio espaço público e ao contexto escolar dizem respeito.

Nesse sentido, e uma vez que este I Plano expira dentro de um ano, o BE propõe a elaboração de um projeto que vise as áreas acima referidas, que tenha como finalidade o empoderamento, principalmente dos mais jovens, independentemente da orientação sexual, características sexuais, identidade e expressão de género. Sem visibilidade não é possível estabelecer, definitivamente, uma igualdade em pleno para todas as pessoas.

Assembleia Municipal

No passado dia 25 de abril, no cine-teatro Garrett, decorreu a assembleia extraordinária para celebrar os 50 anos do 25 de abril de 1974. 

Intervenção do eleito do Bloco de Esquerda na assembleia municipal, Marco Mendonça.