Uma excelente conversa hoje com a Associação Ethos, Pathos, Logos, que se dedica à produção teatral. Um grupo extremamente interessante, cheio de vigor e juventude no panorama cultural poveiro.
Uma associação que também trata temas fora do comum, como a igualdade de género e as assimetrias sociais, e que, precisamente por essa diferença e capacidade de reflexão, nos valorizam e elevam como comunidade.
Com dezenas de produções, inclusive nas escolas do concelho, reconhecimento internacional e uma verdadeira agregadora de juventude, esta associação infelizmente ainda não tem um local adequado para ensaios e outras dificuldades logísticas. Qualquer autarquia que se orgulhe da sua produção cultural e que acredite nos seus jovens deveria dar mais atenção e valor a um colectivo como este. Na Póvoa, não.
A nossa terra está plena de criatividade, perseverança e coragem nos seus jovens. É preciso um incentivo social e institucional mais robusto para que se possam desenvolver e continuar a aglutinar essa força de juventude e originalidade de que o concelho tanto precisa.
O Bloco propôs, já pelo menos há 4 anos, que se transformassem alguns edifícios livres, como a antiga fábrica A Poveira, em incubadoras culturais, onde estes grupos pudessem desenvolver a sua actividade, em troca de espectáculos regulares para o concelho.