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Problemas de saúde pública na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim - Bloco questiona Governo

O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, através do deputado José Soeiro, questionou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social sobre os casos de sarna, praga de baratas e sobre alguns dos alimentos utilizados na confeção de refeições para consumo na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim não terem qualidade adequada.

A Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, instituição de utilidade pública, foi fundada em 1756, com grande relevância social do concelho, não só pela diversidade do trabalho que desenvolve como no número de trabalhadores que emprega, mas também pelos utentes que beneficiam das suas respostas sociais e de saúde. Esta IPSS, detém apoio à paramilóidose, serviço de apoio domiciliário, centro de dia, estruturas residenciais de idosos, Serviço de Medicina Física e de Reabilitação e Unidade de Cuidados Continuados.

A imprensa regional noticiou, recentemente, que foram detetados cerca de 20 casos de sarna entre utentes e funcionários. Uma ação inspetiva à estrutura residencial de idosos, por parte da autoridade de segurança alimentar e económica (ASAE), delegado de saúde e autoridade para as condições de trabalho (ACT) terão detetado outros problemas de insalubridade, praga de baratas e foram encontrados alimentos para a confeção de refeições sem a mínima qualidade.

O Bloco de Esquerda considera muito preocupante que isto aconteça numa instituição de utilidade pública, com a importância da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim e financiada pela Segurança Social. Exige-se uma intervenção urgente do Governo para que os direitos destes trabalhadores e utentes sejam assegurados

O Grupo Parlamentar do Bloco quer saber se o Governo tem conhecimento sobre a situação e se o Governo teve acesso ao resultado de ações inspetivas da Autoridade para as Condições do Trabalho, delegado de saúde e ASAE à Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim.

O deputado José Soeiro questiona se será aberto algum inquérito, por parte da Segurança Social, para verificar o sucedido e que acautelar que situações similares não voltam a ocorrer.