Opinião

Aconteceu no final do mês de outubro de 1979. Pela primeira vez – e, até hoje, a única no nosso país – as trabalhadores domésticas juntavam-se no Pavilhão dos Desportos de Lisboa para realizar o seu primeiro congresso nacional, sob o lema “Dizemos não à servidão”. Nos meses anteriores, o Sindicato do Serviço Doméstico multiplicara reuniões preparatórias e, em junho desse ano, lançara um Inquérito à Opinião Pública, que pretendia formar as delegadas sindicais no contacto com a população, pô-las a socializar, a comunicar na rua, a fazer entrevistas e a distribuir material, a chamar a atenção da sociedade para o Congresso.

O melhor que se pode desejar é que a lucidez não faça escalar a guerra para o fim de linha químico ou nuclear. Um estatuto de neutralidade com garantias para a Ucrânia parece ser a única solução imediata.

 

A guerra que a Rússia provocou na Ucrânia tem certamente um contexto, mas bombardear um país como está a ser feito é absolutamente imperdoável e não tem qualquer justificação legítima nem qualquer fator atenuante, por mais pretextos que se invoquem.

São cerca de 63 mil as pessoas  que trabalham em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS). A maioria trabalha no apoio à infância,  à juventude, à deficiência e à terceira idade. Por Joaquim Espírito Santo e Pedro Faria.

A decisão é histórica. O Supremo Tribunal de Justiça condenou um homem ao pagamento de 60.782 euros à ex-companheira pelo trabalho doméstico desenvolvido por ela ao longo de quase 30 anos de união de facto. Artigo de José Soeiro.

Resoluções Mesa Nacional

O porto de pesca na Póvoa de Varzim, onde a gestão e exploração do porto e lota de pesca pertence à Docapesca, tendo um papel central na vida económica e social do concelho enquanto infraestrutura essencial para a atividade piscatória local: serve de base a dezenas de embarcações de pesca e concentra operações ligadas à primeira venda de pescado através da lota, garantindo o escoamento de peixe fresco capturado por pescadores poveiros e da região. Além da sua importância económica, o porto é também um espaço de identidade e tradição marítima, representando séculos de ligação da comunidade ao mar.

A construção de uma Póvoa do Futuro faz-se a muitas mãos, e opera-se sobretudo ao nível da confluência dos verdadeiros valores da esquerda e na amplificação de ideias das pessoas que todos os dias fazem o nosso município: como tal, deste ponto de vista de pluralidade e representatividade pode apenas surgir um programa abrangente e com uma visão holística.

 

Construído em colaboração com a comunidade e curado pelas pessoas que integram as listas do Bloco aos vários órgãos autárquicos, o programa autárquico que brevemente apresentaremos na íntegra assenta em doze eixos que orientam a perspetiva de uma Póvoa mais justa, democrática e equitativa.

O Bloco de Esquerda manifesta a sua profunda preocupação com o estado da qualidade da água balnear no concelho da Póvoa de Varzim, na sequência do aviso emitido pela Agência Portuguesa do Ambiente desaconselhando banhos em seis praias, por motivos de contaminação microbiológica resultante da deteção de valores elevados de Enterococos intestinais e/ou Escherichia coli (bactérias indicadoras de poluição fecal), que representam um risco significativo para a saúde pública. De acordo com a informação publicada pela APA, as praias afetadas são a Praia Verde, Praia dos Beijinhos, Praia da Lada I e II, Praia do Hotel, e Praia da Lagoa I e II.

Mais um passo na concretização da Póvoa do Futuro: as listas do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Juntas de Freguesia de Argivai, Aver-o-Mar, Beiriz e Póvoa de Varzim foram hoje entregues no Tribunal da Póvoa — encabeçadas por Luís Miguel Sandão, Marco Mendonça, Catarina Alexandre, Rita Nova, Diogo Canossa Pinheiro e Filipa Alexandre, respetivamente.

Os eleitos do Bloco de Esquerda têm sido uma força central na defesa das causas que fazem a diferença na vida das pessoas. Bateram-se pelo direito à habitação, pela proteção do ambiente, pela mobilidade, o combate à pobreza, pela justiça fiscal, bem-estar animal ou a defesa da cultura. 

 

O Bloco de Esquerda tem como compromisso com as pessoas prestar contas sobre o trabalho que desenvolveram os eleitos na Assembleia Municipal e União das Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, no mandato 2021-2025.

 

Nas últimas eleições autárquicas o nosso mote foi “Lutar por um futuro digno”, e assentava em 13 propostas: uma Democracia que se pratica, viver sem Precariedade, mais Justiça Social, mudar o Paradigma, ver a Habitação como um direito, combater as Assimetrias, Cuidar das pessoas, construir uma cidade Feminista, uma cidade que diz não ao Racismo e à Discriminação, Cultura para todos, cuidar do Ambiente, Bem-estar Animal, Agricultura e Pescas, melhorar o Espaço Público e Educação. 

Notícias

No seguimento da sessão pública e colaborativa de construção de programa autárquico no Posto de Turismo dos Torreões no passado dia 19, a Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim procura de forma ainda mais direta e acessível a participação da comunidade na criação da Póvoa do Futuro: desta vez, através da criação de um formulário online para que qualquer pessoa possa expor as suas preocupações e ideias.

https://forms.gle/GRV3p9Pnxo9WyPMUA

 

Notícias

Numa Póvoa de Varzim desgastada por décadas de governação de direita, e cuja oposição numericamente representativa carece de firmeza e eficácia no seu trabalho, urge o estabelecimento de um movimento plural com ação afirmativa para elevar e dinamizar o nosso município, criando no Presente uma Póvoa do Futuro.

A PÓVOA DO FUTURO garante o direito à Habitação, é exemplo na Mobilidade, preocupa-se com o Clima, incentiva o Bem-Estar Social, prioriza a Educação, fomenta a boa Alimentação, a Agricultura e as Pescas, tem Democracia que se pratica, é um pólo de Cultura e Associativismo, é um espaço para o Turismo, defende a Vida sem Precariedade, promove o Bem-Estar Animal e é um município de Inclusão.

 

Notícias

O fogo de artifício é uma tradição na maioria das festas populares, eventos e celebrações: na Póvoa são vários os momentos, ao longo do ano, marcados por espectáculos pirotécnicos. Os rebentamentos dos engenhos pirotécnicos tradicionais têm impactos negativos para a saúde e para o meio ambiente, sendo hoje conhecidos devido ao seu ruído intenso. A OMS recomenda que o nível de ruído durante o dia seja de no máximo 65 dB, durante a noite de 30 dB, e avisa que os ruídos acima de 120 dB (valor que o fogo de artifício atinge) podem causar impactos graves na audição. O ruído intenso proveniente dos rebentamentos do fogo de artifício causa problemas à população mais vulnerável (crianças, pessoas idosas, pessoas com perturbações do espectro do autismo) e, de forma significativa, aos animais tanto domésticos como silvestres.

Em relação ao meio ambiente, os compostos que fazem deflagrar o fogo de artifício têm substâncias muito poluentes devido a concentrações elevadas de gases como o dióxido de enxofre e óxidos de nitrogénio, sendo também relevante referir os incêndios que por vezes e por acidente são causados pelos fogos de artifícios tradicional.

Um município que assume no seu plano estratégico a sustentabilidade e o bem-estar animal, deve repensar a utilização de fogos de artifício ruidosos — por esta razão, propôs o Bloco em Assembleia Municipal a transição para pirotecnica silenciosa em eventos da autarquia, o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para os impactos da utilização de artefactos pirotécnicos, a eliminação do uso de segmentos de fogos de artifício mais ruidosos normalmente utilizados no início e no final de celebrações e o estudo da viabilidade da regulamentação do uso de pirotecnia com ruído nas imediações de zonas habitacionais, unidades de saúde, lares, escolas e zonas de proteção animal.

 

Notícias

Em dezembro de 2024, o Bloco de Esquerda questionou o executivo municipal sobre os projetos de requalificação geral das EB 2/3 de Rates, EB 2/3 Cego Maio e EB e Secundária de Campo Aberto, tendo em janeiro de 2024 sido lançado o programa para a recuperação e reabilitação (PRR) das escolas norte.

 

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No contexto da campanha para as Eleições Legislativas de 18 de maio, a Póvoa de Varzim receberá a cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo Porto — Marisa Matias — para um conjunto de ações.

A defesa e a promoção da sustentabilidade e conservação ambiental continuam a ser causas presentes no trabalho diário do Bloco, e, como tal, temos já vindo a questionar o Governo e o Executivo Municipal a construção de um hotel nos terrenos do parque de campismo do Rio Alto, já desde 2022. Assim, no contexto de visita à zona que constitui a Reserva Ecológica Nacional, procurar-se-á o contacto com ativistas e a averiguação da erosão costeira que ameaça este local abrangido pelo Plano Orla Costeira.

Paralelamente, importa discutir o impacto da crise da habitação, das desigualdades sociais e dos direitos de quem trabalha no contexto poveiro: assim, o Bloco levará às ruas do município e diretamente às casas de poveiras e poveiros os grandes assuntos desta campanha, procurando ouvir quem todos os dias sofre com aumentos das rendas, os salários que cada vez mais não chegam ao final do mês, e as dificuldades de quem trabalha por turnos e do efeito destes na sua vida familiar.

 

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A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim anunciou os números relativos à gestão de resíduos em 2024. Apesar de alguns avanços positivos, as percentagens apresentadas são bastante modestas face ao desafio global da gestão sustentável de resíduos. A média de produção de resíduos por habitante continua elevada (580,9 kg/ano) e apenas 32,7% foi encaminhado para valorização, o que está aquém do desejável.

Em 2017 — ano de Eleições Autárquicas — foi o ano que Aires Pereira afirmou diversas vezes que o Município iria implementar o sistema “Pay As You Throw” (PAYT). Segundo o autarca, a Póvoa de Varzim iria contar com a recolha seletiva de resíduos porta-a-porta e que, quanto mais os munícipes reciclassem, maior seria o desconto na fatura da água. Passados oito anos, a promessa nunca foi cumprida e, para o Bloco de Esquerda, esta falha compromete a evolução dos números apresentados. Os poveiros e as poveiras viram as suas expectativas defraudadas, já que Aires Pereira comunicou, em todas as freguesias, que os munícipes iriam pagar pela quantidade exata de lixo que produzissem, em vez da taxa indexada à fatura da água. Por esse motivo, o Bloco de Esquerda considera essencial que o Executivo esclareça os motivos da não implementação do PAYT e propõe que este sistema seja finalmente implementado, aliviando as contas mensais dos poveiros e poveiras e criando novos hábitos de separação de lixo.
 

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Na noite que antecede o 51º aniversário da Revolução dos Cravos, o Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim convida todas e todos que queiram colaborar na criação de uma instalação sobre Liberdade — a estar exposta no Coreto da Praça do Almada até ao Dia do Trabalhador —, refletindo graficamente sobre a importância e a fragilidade do que há mais de meio século Abril conseguiu, e que consagramos todos os dias.

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A precarização do trabalho tem sido uma marca da degradação das relações laborais nos últimos anos: no setor privado e no Estado disseminaram-se múltiplas modalidades de emprego precário e vínculos não permanentes, falsas prestações de serviço, utilização de estágios para preencher necessidades permanentes e o recurso a programas ocupacionais para preencher — com um custo muito reduzido — verdadeiras necessidades permanentes dos serviços. Também nas autarquias foi assim. Segundo a Síntese Estatística do Emprego Público, o número de trabalhadores precários nas freguesias e uniões de freguesias tem aumentado — e em dezembro de 2024 foi obtido o valor mais alto.

Concretamente, aquando das questões pelo Bloco colocadas ao Executivo da União de Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, foi possível apurar que exerciam funções a recibos verdes — a 31 de janeiro do presente ano — 8 trabalhadores. Este número vem no seguimento do número alarmante de 42 trabalhadores no ano de 2024, e torna-se mais escandaloso ainda quando confrontado com as funções que o executivo alega — entre as quais figuram “áreas administrativas, atendimento, acompanhamento social”, entre outras. Trabalho como o administrativo e de atendimento pressupõe o desempenho de funções com horário definido, e em local a definir pelo executivo, sendo portanto fácil depreender que estes trabalhadores cumprirão mais do que uma das características necessárias no seu vínculo laboral para constituírem falsos recibos verdes.

 

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Pensar uma Póvoa de Varzim para todas as pessoas passa invariavelmente pela garantia de uma vida digna para aquelas e aqueles que — mesmo vindo de outros lugares — escolheram ter a nossa cidade como sua.

Com os contributos de um painel constituído por pessoas migrantes e/ou que estudam e pensam sobre migração e políticas para esta — a eurodeputada Anabela Rodrigues, a bióloga e ativista Chaima Badri e a socióloga e investigadora Sheila Khan, com moderação do designer e investigador José Túlio — partiremos da partilha e discussão sobre as dificuldades que as pessoas migrantes enfrentam nas suas vidas para uma reflexão sobre como pensar a cidade que acolhe migrantes, o que as políticas locais podem fazer por elas, e criar diálogos sobre as formas de promover a inclusão.

 

17 de abril, 21h15

Posto de Turismo dos Torreões

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Na Póvoa de Varzim estima-se a existência de um número considerável de colónias de animais de rua, principalmente felinos. A maioria destas colónias de felinos são cuidadas através da ação diária e permanente de pessoas que — com os seus próprios meios — alimentam e recorrem a serviços veterinários, sem qualquer tipo de apoio. A maioria destas pessoas cuidadoras desempenha também um papel essencial no programa CED, pela sinalização, captura e/ou cuidado das colónias.

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Portugal continua a ser um país precário: metade dos trabalhadores abaixo dos trinta anos não tem contrato permanente e centenas de milhares trabalham sem contrato, na informalidade absoluta ou em situações de falsos recibos verdes que precisam aceitar. Os baixos salários condenam as pessoas a vidas no limiar da pobreza e os vínculos precários impedem-nas de fazer projetos para o futuro.

Tendo como claro que basta a actividade em local ou com horário definido por uma entidade empregadora, a utilização do seu equipamento ou o pagamento periódico ou em quantia certa para que se verifique a situação de falso recibo verde, foi com preocupação que o Bloco de Esquerda recebeu denúncias de munícipes alegando a dependência das Juntas de Freguesia deste tipo de trabalho, urgindo a divulgação destas práticas que consideramos abjetas.

O Bloco de Esquerda defende uma Póvoa democrática, justa e equitativa em todas as dimensões: o futuro de que a Póvoa precisa é um que garanta segurança a quem trabalha, e o município deve ser o empregador que prime por dar o exemplo no tratamento de quem o faz funcionar. Assim, questionámos todos os presidentes de Junta sobre o número de trabalhadores com Contratos Emprego Inserção, o número de pessoas a exercerem estágios remunerados e o número de pessoas que prestam serviços a recibos verdes (e que serviços prestam e em que condições) de 2021 ao momento.

Ora, tendo recebido com consternação algumas das respostas, pelo número elevadíssimo de trabalhadores em situação laboral precária — como é o caso da união de freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai —, o Bloco considera preocupante que, volvidos quase 50 dias do envio destas questões (e mesmo após insistência), haja ainda juntas de freguesia (UF de Aguçadoura e Navais e JF da Estela) que não cumpriram com devidos esclarecimentos.
 

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O Bloco de Esquerda votou favoravelmente à aprovação da introdução de Taxa Turística no município da Póvoa de Varzim, salvaguardando isenções a quem nos visita para tratamento médico, a hóspedes portadores de deficiência ou a quem foi despejado da habitação, por exemplo — e esta tarifa deveria responder aos impactos negativos do turismo, nomeadamente sobre o património edificado, a qualidade do ar e a limpeza e higiene urbana.

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A lei de Bases do Clima que estabelece metas nacionais para a redução das emissões de gases de efeito de estufa e de absorção pelas florestas portuguesas de dióxido de carbono, previa a elaboração de Planos Regionais de Ação Climática (PRAC), e também Planos Municipais de Ação Climática (PMAC) a desenvolver pelos municípios até finais de fevereiro de 2024.

Devendo ter em conta as orientações técnicas da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para os Planos Regionais de Ação Climática (PRAC), cada PMAC deve traduzir o contributo de cada município para os objetivos nacionais em matéria de política climática — e deve incluir ações de MITIGAÇÃO (intervenção humana para reduzir emissões ou aumentar as absorções de gases de efeito de estufa), ações de ADAPTAÇÃO às Alterações Climáticas (ajustamento ao clima atual ou projetado) e prever também o FINANCIAMENTO das ações a implementar, com recurso a fundos próprios e a programas específicos do Fundo Ambiental, PRR, PT2030, LIFE, entre outros.

Na Póvoa de Varzim, a apresentação do PMAC está bastante atrasada e já ultrapassou o prazo estipulado pela lei de Bases do Clima em mais de um ano. Em julho de 2024, o executivo municipal da Póvoa de Varzim incumbiu o Centro do Clima para a elaboração do PMAC, tendo este realizado uma assembleia de cidadãos para auxiliar e contribuir no processo do Plano a a 22 de novembro. No entanto, com toda a confusão criada pelo executivo municipal em torno do Centro do Clima, a apresentação do PMAC está agora comprometida e não estão a ser cumpridos os prazos definidos na assembleia de cidadãos.

 

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Sob a moção “A Póvoa do Futuro: Democrática, Justa, Equitativa”, foi eleita na tarde de ontem a Comissão Coordenadora Concelhia do Bloco de Esquerda da Póvoa de Varzim para o mandato 2025-2027.

A Póvoa de Varzim é hoje um concelho desgastado por décadas de governação de direita, e cuja oposição numericamente representativa carece de firmeza e eficácia no seu trabalho. Assim, e havendo necessidade de uma oposição partidária que faça das suas bandeiras os valores humanistas que regem o Bloco de Esquerda, a CCC dará continuidade ao trabalho que nos últimos anos o Bloco tem feito, de forma a denunciar as insuficiências do executivo municipal e apresentar uma verdadeira visão alternativa para uma Póvoa com todas e todos, para todas e todos.

Num concelho onde o património se dilui, onde prolifera a especulação imobiliária e o alojamento local, onde a conservação ambiental e o bem-estar animal não são tidos em conta, onde não há espaço para Cultura diversificada e acessível, onde a ação social é escassa, onde a participação cidadã não é valorizada, onde a educação carece de atenção, é imperativo lembrar a cada dia que cabe a cada munícipe zelar pela Póvoa que quer para si e para as pessoas que a/o rodeiam.

 

Na freguesia de Rates, na Póvoa de Varzim, está em curso a construção da Escola de Música e um Museu de Arte Sacra que implicou a demolição de parte da casa paroquial (edifício setecentista) localizada em área abrangida pela zona geral de proteção do Pelourinho de Rates (Imóvel de Interesse Público) e junto à zona geral de proteção da Igreja de São Pedro de Rates (Monumento Nacional).

Face à intervenção em curso e à descaracterização que introduziu junto a um Monumento de Interesse Público e a um Monumento Nacional — e uma vez que as respetivas Zona Geral de Proteção (ZGP) se mostraram insuficientes para garantir a proteção dos monumentos — o Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Cultura e solicitou a intervenção do Património Cultural I.P. no sentido de verificar se a obra realizada foi autorizada pela tutela do património, minimizar danos na envolvente dos monumentos e alargar a Zona Geral de Proteção de cada um dos Bens Culturais, de modo a garantir uma Zona Especial de Proteção que proteja efetivamente estes monumentos e a paisagem urbana envolvente (identificando também o conteúdo da futura Zona Especial de Proteção).