Em Portugal, o direito à proteção da saúde está consagrado na Constituição, assim como o dever de defendê-la e promovê-la. Pessoas saudáveis são mais felizes, mais produtivas e têm uma vida longa e com qualidade. Este é um facto que a política de austeridade não levou em consideração, e o desinvestimento (particularmente no SNS, nas suas infraestruturas e nos seus profissionais) transformou de forma negativa e permanente a qualidade do sistema de saúde em Portugal e no nosso concelho.
A comunidade da Póvoa de Varzim e Vila do Conde aguarda há já muitos anos a ampliação do Centro Hospitalar, responsável por prestar cuidados de saúde a mais de 150 mil pessoas. Trata-se de uma espera excessivamente longa e onerosa, uma vez que, durante esse período, se perdeu a oportunidade de aceder a 2,3 milhões de euros em fundos comunitários que poderiam ter sido utilizados para a melhoria do serviço.
Com o início mês de dezembro veio a precipitação sentida sobretudo na região norte, e esta provocou infiltrações nos blocos operatórios do Hospital da Póvoa de Varzim — o que obrigou ao encerramento parcial das salas cirúrgicas e à reorganização das intervenções programadas. Este tipo de ocorrência evidencia a urgência de investimentos na infraestrutura de saúde, para garantir condições dignas e seguras tanto para os utentes quanto para os profissionais.